A VII Conferência Nacional dos Baldios realizou-se a 23 de julho de 2022, na Aula Magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real tendo como tema central “Os Agrupamentos de Baldios e o Futuro da Gestão Comunitária”.
Esta Conferência que contou com cerca de 400 presenças, de representantes dos Baldios do Norte e Centro do País, da FORESTIS, Professores Universitários de várias Universidades de Portugal e da Galiza, Entidades Oficiais e especialistas nos diversos recursos sobre as energias limpas, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Diretora do Norte do ICNF em representação do Secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas.
Esta sétima edição concretizou-se no contexto do compromisso europeu para a «descarbonização» da economia europeia e nacional até 2050. O setor florestal e a agricultura têm alocados importantes instrumentos financeiros no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e no Plano Estratégico da (PEPAC 2023/2027). Dada a importante participação que os baldios têm nos vários sistemas agro-pastoris e silvícolas-ambientais no norte e centro do país, a incorporação nestes programas são vetores decisivos e determinantes para o cumprimento deste desiderato nacional.
Nesta conferência foram abordados temas atuais para o bom aproveitamento das áreas baldias, com especial foco no modelo de gestão agrupada – projeto-piloto entre a BALADI, o ICNF e o Ministério da Ação Climática (em fase de implementação), na exploração de economias emergentes nos territórios comunitários e nas implicações legais e técnicas do Regime Florestal para a propriedade pública, privada e comunitária.
A VII Conferência relevou o importante e decisivo papel da atual Lei dos Baldios no desenvolvimento económico e social das comunidades locais e consolidou a necessidade do seu integral respeito e cumprimento por parte do Estado, através de todas as suas estruturas e em particular do ICNF.
No decorrer da Conferencia, aproveitou-se para de uma forma simbólica, mas solene, homenagear (com a entrega de uma venera), os homens e mulheres do campo e da cultura, que nas várias regiões do País e Instituições, muito contribuíram de forma abnegada para a existência deste património comunitário gerido pelos compartes segundo os usos e costumes, que se perdem nas profundezas dos séculos, para que todos juntos possamos perpassa-lo para as gerações futuras.